Uma pesquisa realizada pelo Instituto Civey para o jornal Die Welt indica que 46% dos alemães querem a renúncia imediata da chanceler Angela Markel.
Outros 17% dos entrevistados afirmam que Merkel deveria renunciar ao comando do governo do país caso haja fracasso nas negociações de janeiro entre o grupo parlamentar comandado pela União Democrata-Cristã (CDU) e o Partido Social-Democrata (SPD), liderado por Martin Schulz, para a formação de uma nova grande coalizão.
Além disso, 8% dos alemães consideram que Merkel deveria deixar o cargo no meio do mandato. Apenas 15% defendem que a chanceler permaneça mais quatro anos na chefia de governo.
O apoio à renúncia é maior no leste da Alemanha, onde 54% dos consultados pela pesquisa defendem a renúncia da chanceler. No oeste, 44% querem que a líder da CDU deixe o cargo.
Números definem pesquisa
Considerando os partidos com representação parlamentar após as eleições gerais de setembro, os eleitores da Alternativa para a Alemanha (AFD) são, com 87%, os principais defensores da renúncia de Merkel. Na seqüência, vêm os simpatizantes do Partido Democrático Liberal (FPD), com 58%, e os da Esquerda, com 51%.
No entanto, menos da metade dos sociais-democratas (43%) deseja a saída imediata de Merkel do poder. Entre os eleitores dos Verdes, apenas 28% querem a renúncia da chanceler.
Para a pesquisa, com margem de erro de 2,8%, os alemães foram perguntados se Ângela Merkel deveria deixar o cargo. O Instituto Civey ouviu 5.120 pessoas entre 28 e 30 de dezembro.
As negociações entre a CDU e o SPD para a repetição de uma coalizão ocorrerão após cem dias de governo interino. Os diálogos entre conservadores, liberais e verdes, uma aliança batizada como Jamaica por causa das cores dos três partidos, não evoluíram após discordâncias entre os grupos parlamentares.