O senador Plínio Valério (PSDB-AM)participou, na última quinta-feira (18), de uma audiência pública na comunidade São Francisco, em Careiro da Várzea, e se comprometeu a buscar junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) a suspensão, ou ao menos a prorrogação, da ordem que obriga moradores a derrubar suas casas e recuar 50 metros da faixa de terras às margens da BR-319 em um prazo de 30 dias.
Diante de centenas de moradores, vereadores e do deputado estadual João Luís, Plínio declarou apoio às famílias atingidas pela medida e classificou a determinação como injusta.
“Não aceito que queiram expulsar famílias que já viviam no local muito antes da estrada existir. Não fazem uma estrada há 40 anos, não entregam uma ponte há três e querem expulsar vocês em 30 dias? Isso é maldade”, criticou o senador.
Defesa da comunidade
O parlamentar afirmou que buscará alternativas para evitar a retirada imediata das famílias e sugeriu que, caso não seja possível suspender a reintegração de posse, o prazo seja ampliado para pelo menos 100 dias, dando tempo para que os moradores possam se organizar.
“Estou aqui para dizer que enxergo todos vocês. Ninguém é invisível para mim. Vou ao DNIT e farei tudo que estiver ao meu alcance para corrigir essa injustiça”, reforçou.
Documentos e regularização
Plínio também destacou a necessidade de comprovar, por meio de documentos, que parte das famílias já ocupava a área antes mesmo da construção da BR-319. Segundo ele, isso é essencial para rebater a tese de que se tratam de invasões recentes, supostamente iniciadas em 2018.
Crítica ao governo federal
O senador voltou a acusar órgãos federais, como DNIT, Ibama e ICMBio, de agirem de forma a isolar o Amazonas. “Nossa briga tem sido contra essa humilhação constante. O que me traz aqui é a injustiça. Não vou abandonar essa luta”, afirmou.
