O governador Wilson Lima apresentou nesta terça-feira (2), em São Paulo, o potencial econômico do Amazonas e as oportunidades de novos investimentos no estado. O encontro, promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil (CCIFB), reuniu representantes de 23 companhias francesas e reforçou a importância de ampliar a parceria já consolidada entre empresas do país europeu e o Polo Industrial de Manaus (PIM).
Em seu discurso, Wilson Lima citou companhias que atuam no Amazonas, como BIC, Michelin, Essilor, Armor e Vinci Airports, destacando a contribuição dessas marcas tanto para o desenvolvimento econômico quanto para projetos de sustentabilidade. Ele também lembrou da parceria bilateral em áreas como educação, exemplificada pela escola bilíngue português-francês dos bombeiros.
“Nós temos uma relação muito importante com a França, por conta das empresas que estão instaladas no estado. É sempre muito importante fortalecer esses laços e, também, falar sobre oportunidades para que mais empresas da França possam se instalar no nosso polo industrial”, afirmou.
Zona Franca, COP30 e sustentabilidade
O governador ressaltou que, em 2024, o Polo Industrial de Manaus registrou faturamento de R$ 204,9 bilhões, consolidando-se como motor da economia nacional e regional. Para ele, os números demonstram a solidez do modelo Zona Franca e a segurança para investidores estrangeiros.
Wilson Lima também destacou o protagonismo que a Amazônia terá durante a COP30, em 2025, ressaltando a Agenda 2030 do Amazonas, que prevê desmatamento líquido zero, regulamentação do mercado de carbono e fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis em reservas de desenvolvimento.
Investimentos e novas matrizes econômicas
Entre os projetos apresentados, está o polo de exploração de gás natural em Silves e Itacoatiara, que concentra R$ 5,8 bilhões em investimentos privados e deve fornecer energia suficiente para abastecer 3,7 milhões de residências. Já em Autazes, a mina de potássio verde terá capacidade para atender 20% da demanda nacional de fertilizantes, com a geração de 17 mil empregos diretos e indiretos.
Outro destaque foi o pioneirismo do Amazonas na regulamentação do mercado de carbono, com potencial de movimentar até US$ 2,4 bilhões em créditos. As iniciativas incluem o manejo do pirarucu, da madeira, da borracha, do açaí e do turismo de base comunitária, garantindo renda a populações tradicionais e indígenas.
Empresas francesas no Amazonas
Atualmente, a Michelin acumula R$ 213,4 milhões em investimentos fixos e emprega 1.392 trabalhadores, enquanto a BIC já investiu R$ 262,7 milhões e mantém mais de mil postos de trabalho diretos. Outras companhias, como Essilor e Armor, também atuam no estado, reforçando a presença da França na Zona Franca de Manaus, que hoje reúne mais de 500 empresas e gera cerca de 500 mil empregos diretos e indiretos.
