Pastor acusado de estuprar mulheres em Manacapuru é preso; ele dizia ter ligação com facção criminosa

O pastor Marcos Avelino Lima, de 45 anos, foi preso em Manacapuru (a 68 km de Manaus) após se entregar à Delegacia Interativa de Polícia, na noite de quarta-feira (27). Contra ele havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito acumula um histórico de denúncias por estupro e responde a pelo menos três inquéritos por crimes semelhantes.

As investigações mais recentes apontam que, em 2024, quando atuava como mototaxista, ele desviou o trajeto de uma corrida solicitada por uma jovem de 18 anos, levando-a para um hotel. Sob ameaças, teria cometido violência sexual contra a vítima. A jovem relatou o caso à família, que registrou o boletim de ocorrência e auxiliou na identificação do agressor.

A delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) de Manacapuru, explicou que o suspeito já havia sido investigado em outras ocasiões. Em 2018, uma mulher de 26 anos o acusou de tê-la atraído para um galpão, onde também sofreu abuso. Em 2020, ele chegou a ser preso preventivamente por violentar uma adolescente de 15 anos após criar um perfil falso em rede social para atraí-la.

Segundo a delegada, o homem utilizava sempre a mesma estratégia para intimidar as vítimas: alegava ser integrante de facção criminosa, ameaçando represálias caso fosse denunciado. Durante o interrogatório, preferiu permanecer em silêncio.

“Constatamos que ele já responde a três inquéritos de estupro, sempre se valendo da mesma forma de coação. No entanto, ficou em silêncio durante o interrogatório e segue à disposição da Justiça”, afirmou Joyce Coelho.

Ainda conforme a polícia, há outros boletins de ocorrência com relatos semelhantes, mas sem autoria confirmada. A expectativa é de que, com a prisão, novas vítimas se sintam seguras para denunciar e colaborar com as investigações.

Atualmente, Marcos Avelino permanece detido e à disposição do Judiciário.