Durante sua primeira missa como pontífice, celebrada nesta sexta-feira (9) na Capela Sistina, o papa Leão XIV afirmou que a Igreja Católica deve continuar sua missão evangelizadora “nos confins do globo”, ecoando as prioridades de seu antecessor, o Papa Francisco.
“Esses são contextos onde não é fácil pregar o Evangelho e testemunhar sua verdade, onde os fiéis são ridicularizados, combatidos, desprezados ou, na melhor das hipóteses, tolerados e lastimados. No entanto, precisamente por essa razão, esses são os lugares onde nossa missão é desesperadamente necessária”, afirmou Leão XIV em sua homilia.
No início de sua homilia, fez em inglês uma saudação aos cardeais, repetindo as palavras do Salmo responsorial: “Cantarei um cântico novo ao Senhor, porque ele fez maravilhas”.
O novo papa também destacou os desafios espirituais e sociais enfrentados no mundo atual: “A falta de fé é muitas vezes acompanhada tragicamente pela perda do sentido da vida, pela negligência da misericórdia, por violações terríveis da dignidade humana, pela crise da família e por tantas outras feridas que afligem a nossa sociedade.”
Continuidade franciscana
Leão XIV sucede Francisco, conhecido por priorizar as periferias geográficas e existenciais do mundo católico, com visitas a países que nunca haviam recebido um papa. A escolha de temas similares em sua primeira homilia indica que Leão deve manter essa linha de atuação.
Antes de chegar ao papado, Leão XIV passou muitos anos em missão no Peru, experiência que moldou sua visão pastoral e reforça sua sintonia com a linha franciscana.
As primeiras homilias costumam servir como um indicativo das prioridades de um pontífice, e a de Leão XIV sinaliza que ele pretende colocar os marginalizados e os desafios sociais no centro de seu pontificado.