Ingrid Guimarães costuma divertir seus seguidores nas redes sociais com seus vídeos durante as viagens, principalmente acompanhada da amiga e também atriz, Mônica Martelli. Mas, desta vez, a situação vivida pela estrela do filme De Pernas pro ar não teve a menor graça.
A coluna conversou com Vitor Vianna, especialista em viagem há mais de 20 anos, que deu seu parecer sobre o que viveu a atriz: “O que aconteceu com a Ingrid Guimarães neste fim de semana foi a coisa mais absurda que já presenciei em 20 anos trabalhando com turismo”, começou ele.
Detalhes do caso
Vitor Vianna contou que a artista tinha, por direito, que permanecer no assento que foi comprado à parte: “Só para vocês entenderem melhor, o Premium Economy, da American Airlines, adquirido por ela, é o que oferece mais espaço para as pernas, assentos mais amplos e também inclui check-in, embarque e retirada de bagagem prioritários. Esta categoria de assento está logo abaixo da primeira classe e business, e acima da econômica”, detalhou.
E continuou seu relato: “Assentos Premium Economy estão disponíveis em determinadas aeronaves, incluindo os 777-300s, 787-8s e 787-9s. Alguns dizem que o custo extra da Economia Premium pode valer a pena se você valorizar o conforto, o espaço extra para as pernas, as refeições gourmet ou viajar com mais bagagem”, apontou, antes de completar:
“Ou seja, uma pessoa que pensa em valorizar o conforto (e paga por isso), nunca poderia passar por uma situação como esta. Até porque não foi sua poltrona que deu problema e, sim, a de uma outra pessoa que estava em categoria superior”, disse.
Opções da companhia
De acordo com o especialista, a empresa aérea tinha opções: “Neste caso, eles precisariam comunicar à pessoa em questão, avisando sobre o ocorrido, e dando opção de um outro assento disponível em outra categoria ou, em última hipótese, remarcar para um próximo voo na mesma categoria que ela comprou! Mas nunca importunar uma outra pessoa que nada tem a ver com a situação e a obrigá-la a descer de categoria”, analisou.
Ele ainda contou que o caso pode virar processo: “Isso é passivel de processo na Justiça, com indenização por danos morais e materiais, com a plena certeza de vitória. Afinal de contas, além de todo constrangimento que a fizeram passar (na frente dos outros passageiros, inclusive), ela ainda foi obrigada a ser retirada de um assento pago à parte por ela, indo para uma categoria inferior”, afirmou.
No fim do bate-papo, ele aconselhou: “É importante que os passageiros estejam sempre cientes dos seus direitos em caso de atrasos, cancelamentos ou outras alterações de voo. Conhecer os direitos e saber como exercê-los pode ajudar a garantir a reparação de danos e a incentivar as empresas a cumprirem as leis”, encerrou. Com Metrópoles.