O relato, que faz parte da investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado, aponta que Bolsonaro teria lido e feito alterações em um documento que sugeria, entre outras medidas, a prisão de ministros do STF, incluindo Alexandre de Moraes, e a realização de novas eleições devido a supostas fraudes no pleito de 2022.
Segundo Cid, o documento foi preparado por um grupo de “radicais” e apresentado ao ex-presidente em novembro de 2022 no Palácio da Alvorada.
O grupo defendia a prisão de ministros do STF, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, e a destituição de autoridades que se opunham ideologicamente a Bolsonaro, incluindo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Após a leitura do documento, Bolsonaro alterou alguns pontos, mantendo apenas a ordem para a prisão de Moraes e a realização de novas eleições. O ex-presidente, então, convocou os principais comandantes militares para discutir o conteúdo desse documento.
De acordo com as investigações da PF, o almirante Garnier, comandante da Marinha, teria se mostrado favorável à ideia de uma intervenção militar, afirmando que a Marinha estava pronta para agir. No entanto, os comandantes do Exército e da Aeronáutica se negaram a aderir à ideia, o que teria frustrado a tentativa de golpe de Estado. As informações são da colunista Mirelle Pinheiro.