O consumo de um bolo supostamente contaminado com arsênio resultou na morte de três pessoas da mesma família em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul. As vítimas participavam de um café da tarde quando passaram mal.
A reunião familiar ocorreu na última segunda-feira (23/12). Sete pessoas estavam presentes, mas apenas uma não consumiu o bolo. Entre os que comeram seis passaram mal e precisaram ser levados ao Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres. Uma delas recebeu alta.
Neusa Denise da Silva dos Anjos, de 65 anos, morreu na terça-feira (24/12), após sofrer um “choque pós-intoxicação alimentar”. As irmãs Maida Berenice Flores da Silva, de 58, e Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43, também faleceram, ambas por paradas cardiorrespiratórias.
Os exames de sangue confirmaram a presença de arsênio, uma substância tóxica e de uso controlado, geralmente encontrada em pesticidas.
Quando consumido, o arsênio pode causar danos graves a órgãos como coração, rins e fígado, levando à morte em casos de alta concentração. A venda do elemento é restrita, o que levanta suspeitas de envenenamento intencional.
Investigação
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS) está analisando se as mortes aconteceram por envenenamento ou por intoxicação acidental. Segundo o delegado responsável pela investigação, há indícios que tornam o episódio ainda mais intrigante: o marido da mulher que preparou o bolo havia falecido em setembro, também com quadro de intoxicação alimentar.
À época, a morte foi considerada natural. Agora, o corpo dele será exumado para verificar a possibilidade de envenenamento.
De acordo com a polícia, a mulher que preparou o bolo foi quem ingeriu a maior quantidade, consumindo duas fatias, o que resultou em uma concentração maior de arsênio no sangue. Ela segue internada em estado estável, assim como uma criança, de 10 anos, que também ingeriu o bolo. Com informações de Metrópoles.