Mais 200 bombeiros militares foram enviados para reforçar o combate às queimadas que atingem o Amazonas neste ano. O embarque da tropa ocorreu nesta segunda-feira (26), no porto da Ceasa, Zona Sul de Manaus.
As queimadas têm registrado recordes no estado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No sábado (24), eram 7 mil focos registrados no mês, superando os dados de agosto de 2023.
Ação é mais uma etapa da Operação Aceiro 2024. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), os militares enviados são os aprovados no último concurso do órgão e irão compor o efetivo que já conta com 300 militares, totalizando 500 homens no combate das chamas.
Segundo o Governador do Amazonas, Wilson Lima, três cidades da Região Metropolitana de Manaus e outras cinco, localizadas no sul do estado, vão receber o reforço do efetivo.
São elas:
- Autazes
- Careiro Castanho
- Manaquiri
- Humaitá
- Lábrea
- Apuí
- Boca do Acre
- Canutama
No Amazonas, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 1º de janeiro até o dia 25 de agosto de 2024, foram registradas 12.037 queimadas, enquanto no mesmo período de 2023, houve 6.581 registros de incêndio. Os números representam um aumento de aproximadamente 83% dos focos de calor.
Em julho, o estado alcançou o maior número de queimadas dos últimos 26 anos. Em agosto, foram registrados mais de 7 mil focos de calor no estado, contra 4 mil no mesmo mês em 2023.
Os principais focos de calor estão localizados na região sul do Amazonas, onde há uma significativa presença da pecuária. O Corpo de Bombeiros destaca que muitos incêndios em áreas de vegetação são causados por ação humana.
Os efeitos das queimadas também foram sentidos pela população – houve fumaça no sul do estado e em Manaus uma densa “neblina” de fumaça encobriu a cidade por quatro dias. A fumaça resultante dos incêndios chegou até a Região Sul do país.
O Amazonas está em emergência ambiental devido aos focos de calor. Ao todo, são 22 dos 62 municípios do nesta situação. Segundo o governo do estado, durante o período de 180 dias está proibido a prática de fogo, com ou sem uso de técnicas de queima controlada.