A Justiça do Amazonas decretou a prisão preventiva de dois policiais militares suspeitos de invadirem uma casa no sábado (25), em Manaus. A decisão é do juiz Alcides Carvalho Vieira Filho, e foi proferida após a prisão em flagrante dos agentes.
O caso veio à tona, após os policiais entrarem em uma casa no bairro Cidade Nova, alegando que haviam recebido uma denúncia de que o local funcionava como uma fábrica clandestina de charque.
Conforme contou uma das vítimas, “os agentes revistaram a casa, dois freezers e duas geladeiras” e ao final da revista afirmaram “que era melhor não levar [o caso] à delegacia, onde lá uma das vítimas poderia ser presa”.
Os agentes, então, pediram R$ 200 que, conforme as vítimas, seriam para o “almoço” dos PMs. Uma delas ainda chegou a pagar R$ 150 para os agentes.
Já os dois policiais negaram a participação no crime e atribuíram os fatos a um terceiro agente, da Polícia Civil. Segundo eles, a dupla apenas deu apoio ao PC, que abordou a dupla e pediu ajuda para entregar um ofício na residência em questão.
A versão, no entanto, não convenceu a justiça, que converteu a prisão em flagrante dos PMs em prisão preventiva:
“Em consonância com parecer ministerial, decido pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva […] como garantia da ordem pública. Assim, determino a expedição do competente mandado de prisão preventiva”.
A Polícia Militar do Amazonas (PMAM) informou que os dois policiais foram conduzidos, ainda no sábado, a Diretoria de Justiça e Disciplina (DJD) da corporação, após registro de denúncia de abandono de posto, invasão de domicílio e prevaricação.
Ambos passaram por audiência de custódia, onde tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva. Além do processo na Justiça Comum, foi aberto um Inquérito Policial Militar (IPM) que vai apurar a conduta dos agentes.
