Câncer de pâncreas: estudo identifica nova possibilidade de tratamento

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Pesquisadores da Universidade de Glasgow, no Reino Unido, afirmam ter encontrado a chave para desenvolver um novo tratamento contra o câncer de pâncreas. Eles identificaram células imunológicas que ajudam os tumores a crescerem na glândula e que podem ser usadas como alvo para uma nova imunoterapia.

A equipe de Coffelt estudou como o sistema imunológico funciona à medida que o câncer se espalha no pâncreas. Assim, desenvolveram novas estratégias para atacar o tumor. Os resultados foram divulgados em um artigo publicado no site da universidade nesta sexta-feira (31/3).

Os pesquisadores observaram que as células imunológicas gama delta T desempenham um papel importante no avanço dos tumores, controlando a atividade de outros tipos de células imunes. Com isso, é criado um ambiente ideal para o tumor crescer e se espalhar para outras partes do corpo.

“Portanto, entender por que e como o câncer de pâncreas é capaz de se esconder do sistema imunológico e se espalhar pode nos permitir encontrar novas maneiras de reduzir, ou mesmo impedir, que isso aconteça”, afirma o chefe de pesquisa do Pancreatic Cancer UK, Chris Macdonald, em comunicado.

Câncer de pâncreas

O câncer no pâncreas tem alta taxa de mortalidade: o tumor maligno normalmente não causa sintomas nos estágios iniciais, levando ao diagnóstico tardio, quando já está espalhado em outras partes do corpo.

No Brasil, ele é responsável por cerca de 1% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 5% do total de mortes causadas pela doença, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

A cirurgia de remoção do tumor é, atualmente, o único tratamento indicado com maiores chances de cura, uma vez que a imunoterapia, usada para diversos tipos de câncer, geralmente, não funciona para esses pacientes.

“O câncer de pâncreas é uma doença altamente metastática, muitas vezes se espalhando por todo o corpo antes mesmo de os primeiros sintomas se apresentarem. A cirurgia curativa só é possível se a doença ainda estiver contida no órgão. Mesmo para os pacientes que não podem fazer a cirurgia, a quimioterapia é muito mais eficaz se o câncer não se espalhou”, conta Macdonald.

Com informações de Metrópoles.