Após tensão entre EUA e China, novo balão “espião” é visto na Colômbia

Depois que o governo dos Estados Unidos (EUA) anunciou que um balão da China supostamente usado para “espionagem” foi avistado na América Latina, o governo da Colômbia informou, neste domingo (5/2), que registrou um dispositivo semelhante sobrevando o próprio território.

O assunto dominou os debates em Washington nas últimas semanas. Na tarde desse sábado (4), a Força Aérea dos EUA derrubou um artefato de origem chinesa que sobrevoou o território norte-americano nos últimos cinco dias, na Carolina do Sul. O governo chinês, por outro lado, reinvindicou o direito de “responder mais adiante” à ação.

A Força Aérea da Colômbia informou, em comunicado, que um dispositivo “com características similares à de um balão” foi identificado na manhã de sexta-feira (3) e monitorado até deixar o espaço aéreo nacional. A autoridade garantiu que o balão não representou “ameaça” à segurança e defesa do país, em discurso semelhante ao norte-americano.

A Força Aérea colombiana acrescentou que está realizando “averiguações pertinentes e cooperando com diferentes países e instituições para identificar a origem do objeto”.

Segundo balão

Depois da China confirmar, na quinta-feira (2/2), que um balão chinês sobrevoou os Estados Unidos, o Pentágono acusou o gigante asiático de utilizar outro balão para espionagem, dessa vez, na América Latina.

O balão levou a uma nova escalada de tensões entre EUA e China, culminando no adiamento de uma visita a Pequim do Secretário de Estado estadunidense, Antony Blinken. O encontro estava marcado para este fim de semana.

Em uma disputa de narrativas, o governo de Xi Jinping garantiu que o dispositivo é usado exclusivamente para fins meteorológicos, e que teria saído da rota original. O Pentágono, no entanto, não aceitou a explicação. “O propósito do balão é, claramente, de vigilância”, disse um oficial americano, que não quis se identificar.

O general Pat Ryder, porta-voz da Defesa dos EUA, na ocasião, explicou em comunicado que o balão estava em grande altitude e “não representa um risco militar ou físico” para ninguém em solo nem para a aviação civil. Até sexta-feira (3/2), não havia planos de derrubar o dispositivo, porque ainda era estudado se os destroços poderiam representar ameaça aos cidadãos em solo.

Veja imagens da derrubada: