Guedes: Brasil terminará o governo possivelmente sem um aeroporto público

(FILES) This file photo taken on April 26, 2019 shows airplanes of the Scandinavian Airlines' SAS company parked on ground at the Gardamoen Airport during a strike of pilots to contest wages and working hours in Oslo, Norway. - Scandinavian airline SAS said Tuesday, April 28, 2020 it would lay off up to 5,000 employees as the new coronavirus pandemic has wiped out demand for air travel which would not return to normal for "some years". (Photo by Ole Berg-Rusten / NTB SCANPIX / AFP) / Sweden OUT

Ao defender que os investimentos passarão a sustentar o crescimento após o esgotamento de uma recuperação até agora cíclica, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse neste domingo, 12, que o governo seguirá avançando no programa de concessões. Segundo ele, é possível que o presidente Jair Bolsonaro (PL) entregue o cargo com nenhum aeroporto público funcionando no País.

“O Brasil terminará o governo possivelmente sem um aeroporto público”, disse Guedes durante entrevista no Canal Livre, da Band. Ele salientou diversas vezes durante o programa que os investimentos devem compensar o impacto sobre a economia das condições financeiras mais restritivas – dado o aumento dos juros -, e desafiou mais uma vez economistas que projetam um ano de retração do PIB em 2022. “Acho que vão errar de novo.”

Além de falar das concessões, Guedes voltou a dizer que, por ele, a Petrobras seria privatizada. Contudo, citou que esse debate também passa pela política. Ao tratar das dificuldades em vender a empresa, ele lembrou que, mesmo tendo feito acordo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para vender oito refinarias, a estatal do petróleo só vendeu duas até agora.

Após dizer que o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, terá muito trabalho para cumprir o objetivo de domar a inflação – uma responsabilidade que, pontuou, pertence ao BC -, o ministro da Economia disse não ignorar que o aumento dos juros será um vetor contracionista no ano que vem. Ele considera, no entanto, que a elevação da taxa básica, a Selic, é temporária, enquanto os investidores olham ao longo prazo – de dez a 15 anos à frente.