“Libertem-nos, aqui nos asfixiamos!” No campo de Lesbos, Grécia, os migrantes avançam sobre o grupo de jornalistas autorizados excepcionalmente a percorrer algumas fileiras de barracas, para relatar que estão fartos de serem tratados há sete meses “como porcos”.
Ele é chamado de Mavrovouni, nome grego da montanha onde foi erguido o “Moria 2.0”, montado às pressas após o incêndio no gigantesco campo de Moria, em setembro passado. Embora todos concordem que “a segurança é melhor” do que no campo anterior, não se pode dizer o mesmo das condições de vida. “As pessoas se queixam de tudo, principalmente no inverno, com as chuvas fortes, sem calefação. Faz muito frio”, conta à AFP Raed Alobeed, 45, refugiado sírio que criou uma organização de ajuda aos solicitantes de asilo.
Nas barracas desse campo provisório, que deve ser substituído no próximo inverno por um novo centro para solicitantes de asilo, “as noites são extremamente frias, o que é muito difícil com um bebê de 5 meses”, relata a síria Abdelkhader Ali, 25.