Duas equipes de profissionais da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) vão reforçar o atendimento às comunidades Kataroa e Waphuta, na Terra Indígena Yanomami, pelos próximos 30 dias.
Os médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem chegaram a Alto Alegre, no norte de Roraima, nessa terça-feira (2). Além de atender à população e participar da campanha de vacinação contra a covid-19, os especialistas vão tentar esclarecer as supostas mortes indígenas pela ação do novo coronavírus.
Segundo o Conselho Distrital de Saúde Indígena Sanitário Yanomami e Ye´kuana (Condisi-YY), órgão colegiado vinculado ao Distrito Sanitário Especial (Dsei) Yanomami, ao menos dez crianças das duas comunidades, com idades de 1 a 5 anos, já morreram este ano com a suspeita de terem sido infectadas pelo novo coronavírus. Em um ofício que enviou a Sesai e ao Dsei na semana passada, o Condisi-YY informava a existência de outros casos suspeitos da doença nas mesmas localidades e pede o envio de médicos para a região.
Em uma nota em que destaca as dificuldades de acesso e de comunicação da região, o Ministério da Saúde informa que servidores do Dsei Yanomami, com sede em Boa Vista (RR), ainda estão “coletando informações” sobre o ocorrido, e que tão logo seja possível, divulgará mais detalhes a respeito dos óbitos registrados.
Quanto aos profissionais deslocados nesta terça-feira para reforçar o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde Indígena das comunidades Kataroa e Waphuta, o ministério informou que cada equipe é composta por médico, enfermeiro e técnico de enfermagem.