Trump se diz disposto a financiar com o próprio bolso campanha pela reeleição

O presidente americano, Donald Trump, disse nesta terça-feira que, se for necessário, usará o patrimônio pessoal em sua campanha pela reeleição, a oito semanas da data do voto.

A declaração, incomum, feita no início de um giro por cinco estados-chave, mostra a dificuldade do presidente em atrair eleitores e os recursos necessários para vencer o rival, o democrata Joe Biden, que lidera as pesquisas de opinião.

“Se for necessário, eu o farei”, respondeu Trump a jornalistas, ao ser perguntado sobre gastar o próprio dinheiro. “Custe o que custar. Temos que vencer.”

Há quatro anos, quando derrotou Hillary Clinton, Trump usou 60 milhões de dólares de seus ativos, mas o patrimônio atual do presidente é cercado de sigilo. “Minha campanha gastou muito no começo para rebater as histórias e notícias falsas envolvendo a nossa versão do vírus chinês”, defendeu-se no Twitter.

Nesta terça-feira, o presidente visitou Jupiter, na Flórida, estado que precisa somar se deseja permanecer na Casa Branca. Ele seguirá para a Carolina do Norte, outro estado-pêndulo, que o apoiou em 2016, mas se inclina agora para Biden.

Diante da pandemia de Covid-19, que deixou mais de 189.000 mortos na maior economia do mundo, com níveis históricos de desemprego, o milionário republicano carrega uma dupla promessa: a chegada iminente de uma vacina e uma recuperação exponencial da economia.

Trump culpa os democratas por obscurecer a crise sanitária e impor restrições excessivas às cidades e estados motivados por um cálculo eleitoral e não pela saúde pública. 

“Os democratas vão abrir seus estados em 4 de novembro, um dia após a eleição. Esses fechamentos são ridículos e só servem para prejudicar a economia antes da eleição que é talvez a mais importante de nossa história”, disse ele no Twitter antes de começar sua turnê. 

Os republicanos acusam Joe Biden e sua companheira de chapa, Kamala Harris, de politizarem a busca por uma vacina contra a covid-19, depois que a senadora afirmou não acreditar em “uma palavra” do presidente republicano a respeito. Com informações de AFP.