O quadro de dores no corpo, indisposição, febre e falta de ar evoluiu rapidamente depois que o farmacêutico Peterson Eduardo da Silva, 42 anos, foi diagnosticado com a Covid-19. A obesidade de grau 1 foi um dos fatores de risco para que o quadro se agravasse e ele precisasse da internação para tratar a infecção do novo coronavírus.
Usar os equipamentos de segurança não foi suficiente para evitar a infecção. No oitavo dia de sintomas, a falta de ar se agravou e ele precisou ser internado em uma unidade semi-intensiva para receber oxigenação artificial e as medicações preconizadas.
A obesidade é um dos 10 fatores de risco associados aos casos da Covid-19 pelo Ministério da Saúde. Até 29 de agosto, 2.639 pessoas com até 60 anos morreram pela doença no país, de acordo com o último boletim epidemiológico. Ela está associada a comorbidades que contribuem para desenvolvimento de quadros mais graves da doença, como a diabetes tipo 2, a hipertensão e doenças cardiovasculares.
São consideradas obesas as pessoas que têm o índice de massa corporal (IMC) – peso dividido pela altura ao quadrado, em metros – acima de 30. A doença é dividida em grau 1 (de 30 a 34,9), grau 2 (de 35 a 39,9) e grau 3, quando o IMC está acima de 40.
Para Peterson, o desfecho da doença foi positivo, ele voltou para casa na última segunda-feira (31/8). Até receber alta hospitalar, foram dias de medo e apreensão para a família, em especial para a tia Wilma Peres da Silva, 53 anos, que é técnica de enfermagem e conhece bem a doença. “Quando o teste da esposa dele deu positivo, a gente já imaginava que ele podia pegar. Eu fiquei muito preocupada. Sou tia-mãe, criei ele desde os 8 anos. Agora estou mais aliviada, mas sofri muito. Ele está bem assistido e foi melhorando, ao contrário de alguns pacientes”, contou dias antes da alta.
Apesar de ser profissional de saúde, a família achou mais prudente que Wilma não fizesse visitas ao sobrinho, já que também está acima do peso. “A gente sabe que é uma comorbidade. A essa altura do campeonato, pegar é muito arriscado”, explicou Wilma.
Para matar a saudade e tranquilizar a tia, a bênção tão importante para a família passou a ser feita diariamente por videochamada. “Ele quase não fala, está bem cansado. Eu estou com saudade, queria estar perto, mas se chegar lá eu vou querer abraçar e começar a chorar”, relatou. Com informações de Metrópoles.








