A Lava Jato iniciou nesta 5ª feira (6.ago.2020) operação contra desvios na Saúde no Rio de Janeiro e em São Paulo. O ex-ministro e secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy (PP-GO), foi preso na capital paulista. Além dele, Guilherme Franco Netto, pesquisador da Fiocruz, foi preso em Petrópolis.
O juiz federal Marcelo Bretas expediu 6 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão, que são cumpridos nas cidades de Petrópolis (RJ), São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Goiânia e Brasília. A PF disse que identificou “conluio entre empresários e agentes públicos, que tinham por finalidade contratações dirigidas“.
Os suspeitos são investigados pelos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A Operação Dardanários, como foi batizada, é o 5º desdobramento realizado no âmbito das operações Fatura Exposta, Calicute e SOS.
QUEM É ALEXANDRE BALDY
Preso na operação, Baldy foi ministro das Cidades no governo Michel Temer e 1 dos maiores articuladores políticos do ex-presidente –papel que hoje cumpre na gestão estadual de João Doria. Também foi deputado federal por Goiás e é amigo pessoal de Rodrigo Maia, presidente da Câmara. Na investigação, responde por atos suspeitos cometidos antes de assumir a secretaria em São Paulo.
Baldy também é 1 empresário milionário. Quando candidatou-se a deputado em 2014, declarou R$ 4,19 milhões em bens. É casado com Luana Limírio, neta do fundador da Neo Química.
OUTRO LADO
O governador de São Paulo, João Doria, comentou a prisão. Disse que as acusações não têm relação com o governo de São Paulo e que Baldy “saberá esclarecer os acontecimentos”. Eis a íntegra:
“Nota do Governador de São Paulo sobre Alexandre Baldy
Os fatos que levaram as acusações contra Alexandre Baldy não têm relação com a atual gestão no Governo de São Paulo. Portanto, não há nenhuma implicação na sua atuação na Secretaria de Transportes Metropolitanos. Na condição de Governador de São Paulo, tenho convicção de que Baldy saberá esclarecer os acontecimentos e colaborar com a Justiça. Fonte/Poder360
João Doria”