FORUM – O Jornal Nacional desta segunda-feira (22) também deu destaque para os contratos milionários de empresas de Cristina Boner Leo com o governo Jair Bolsonaro. Ela é ex-mulher e sócia do advogado Frederick Wassef, que atuava para a família do presidente e escondeu Flávio Queiroz, apontado como o operador de um esquema de corrupção no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro.
“Empresas ligadas à ex-mulher e sócia de Frederick Wassef têm contrato milionários com o governo federal. Ela já foi condenada por improbidade administrativa e proibida de fechar acordo com o setor público. E recorreu”, disse o apresentador William Bonner, ao chamar a reportagem.
O JN repercutiu revelação feita mais cedo pelo UOL, de que uma empresa de Cristina, a Globalweb Outsourcing, recebeu R$ 41,6 milhões em contratos com o governo Bolsonaro entre janeiro de 2019 e junho deste ano.
Segundo o telejornal, Cristina é uma das fundadoras e a filha dela consta como sócia. A reportagem também destaca que Wassef, até ontem, era advogado de Flávio Bolsonaro e do próprio presidente Jair Bolsonaro, no caso da facada. O JN mostrou ainda que ele era “assíduo frequentador do Palácio da Alvorada”.
O telejornal confirmou, com dados do portal da transparência, que a empresa recebeu R$ 41.687.754,16, em contratos com pelo menos nove órgãos do governo Bolsonaro, incluindo os ministérios da Educação e da Economia, e agências como Aneel e Anac. Os serviços são na área de tecnologia da informação.
O JN ressalva que a empresa também recebeu contratos durante governos anteriores, totalizando mais de R$ 250 milhões, mas os serviços foram renovados na gestão Bolsonaro A reportagem também mostrou contratos de outra empresa no nome da filha de Cristina, a Dínamo Network. No ano passado, a companhia assinou por R$ 1 milhão o fornecimento de sistemas de pagamento online seguro para o Banco Central.
Cristina, diz a reportagem, está se afastando das empresas e passando o controle para a filha e outros sócios desde o escândalo do mensalão do DEM, com denúncias de pagamento de propina quando José Roberto Arruda era governador do Distrito Federal. O JN recuperou imagens da investigação da Polícia Federal em que ela aparece negociando um contrato com o operador do esquema.