AGÊNCIA BRASIL – Em um dia marcado pela divulgação de indicadores econômicos e pela saída do ministro da Saúde, Nelson Teich, o mercado financeiro teve um dia de volatilidade. Depois de iniciar a sessão em baixa, o dólar comercial encerrou esta sexta-feira (15) vendido a R$ 5,839, com alta de R$ 0,019 (+0,33%). A bolsa de valores, que tinha começado em alta, passou a cair a partir do fim da manhã.
O euro comercial também subiu e fechou a R$ 6,336, com alta de 0,87%. A libra comercial, no entanto, caiu levemente e encerrou o dia vendida a R$ 7,088, com recuo de 0,27%.
O dólar alternou momentos de alta e de queda, mas consolidou a alta perto do fim das negociações. Na mínima do dia, por volta das 11h30, a cotação tinha caído para R$ 5,77, mas o movimento inverteu-se assim que foi confirmada a saída do ministro da Saúde. A divisa encerrou a semana com alta de 1,73% e acumula alta de 45,51% em 2020.
Diferentemente dos últimos dias, o Banco Central (BC) não interferiu no câmbio. A autoridade monetária apenas anunciou, no fim da tarde, que começará a rolar (renovar) na próxima semana US$ 11,3 bilhões em contratos de swap cambial – que equivalem à venda de dólares no mercado futuro – que vencem em julho.
Além da saída do ministro da Saúde, o mercado financeiro foi influenciado pela divulgação de que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado hoje (15) pelo Banco Central (BC), apontou queda de 1,95% no primeiro trimestre, por causa da pandemia de coronavírus.
Somente em março, o IBC-Br caiu 5,9% em relação a fevereiro, antes do início da pandemia. Esse foi o pior resultado mensal desde o início da série histórica, em janeiro de 2003. Em relação a março de 2019, a queda chegou a 1,52%.
Nos últimos dias, os investidores também têm repercutido a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a Selic (taxa básica de juros) para 3% ao ano. Além de reduzir a taxa além do estimado, o BC indicou que pretende promover novo corte de até 0,75 ponto percentual em junho, o que poderia levar a Selic para 2,25% ao ano.
Juros mais baixos tornam menos atrativos os investimentos em países emergentes, como o Brasil, estimulando a retirada de capitais estrangeiros. As tensões políticas internas também interferiram no mercado.