Paciente com covid-19 internada no hospital Nilton Lins é transferida para o PS 28 de Agosto por falta de equipamento  

O PS 28 de Agosto recebeu nesta quarta-feira, 22, a primeira paciente transferida do Hospital de Retaguarda Nilton Lins, criado à toque de caixa para dar suporte  à rede pública no combate ao covid-19. Na hora do pega pra capar, no  entanto, o corre-corre em busca de um leito de UTI em outras unidades  foi um “deus nos acuda” e mobilizou, inclusive, a secretária de Saúde, Simone Papaiz.

Até chegaram ao 28 de Agosto, tanto no Hospital Delphina Aziz, quanto o Hospital Universitário Getúlio Vargas, o pedido de internação foi negado.

No PS 28 de Agosto só foi possível porque três pacientes haviam morrido e abriram três vagas na UTI.

Outra informação não menos dantesca é de que a paciente encontrava-se em uma bolha “de araque” no hospital Nilton Lins, aquele que foi alugado, vazio, por R$ 2,6 milhões.

De acordo com informações não oficiais (não fornecidas pela direção da unidade do PS, claro) o quadro da paciente é gravíssimo. Ela está entubada, respirando por aparelhos.

Sedada com fentanil e dormonid, a paciente  recebe droga vasoativa para manter a pressão. Ela evoluiu com insuficiência renal aguda,

“O Delphina não está lotado, tem leito disponível, mas falta profissionais experientes. Chegaram cinco médicos de São Paulo. Cinco médicos? Só se fossem máquinas para controlar 65 leitos”, comenta um médico que não vamos revelar o nome dele.