O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) operou no pregão desta 2ª feira (10.jun), em queda de 0,36%, aos 97.466 pontos, acompanhando os desdobramentos do vazamento, na véspera, da conversa entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, e integrantes do MPF (Ministério Público Federal), incluindo o procurador e coordenador da operação Lava Jato, Deltan Dallagnol.
Com isso, a sessão de negócios doméstica não acompanhou o cenário internacional. Lá fora, os agentes econômicos aumentaram as aplicações ao risco, depois de os Estados Unidos suspenderem, na última 6ª (7.jun), a aplicação de alíquotas a produtos oriundos do México. No dia, o volume negociado foi de R$ 11,1 bilhões.
Ainda no cenário local, os agentes econômicos acompanharam a tramitação, no Congresso Nacional, da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Previdência. A semana deve ser decisiva, já que é esperada para a próxima 5ª (13.jun) a apresentação do parecer do relator da Comissão Especial, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).
AÇÕES
Entre os papéis negociados no dia, destaque negativo para os do setor bancário. Os ativos preferenciais da Bradesco (-1,18%), ItaúUnibanco (-1,25%) e ordinários do Banco do Brasil (-0,94%) encerraram em direção única. As companhias possuem expressivo peso na composição de carteira do Ibovespa.
MERCADO INTERNACIONAL
Em 1 dia mais ameno no cenário exterior, S&P500 (0,47%), Nasdaq (1,05%) e Dow Jones (0,30%), índices que compõem a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE, na sigla em inglês), encerraram o 1º pregão da semana no positivo, repercutindo a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump.
Já no continente europeu, Frankfurt (0,77%), Londres (0,6%) e Paris (0,34%) também encerraram em alta.
CÂMBIO
Na sessão de negócios, a moeda norte-americana operou em estabilidade, com leve alta de 0,16%, negociado a R$ 3,883, acompanhando desdobramentos do cenário político.
Apesar de, no acumulado do mês, a divisa estrangeira apresentar depreciação de 1,2%, o mercado acompanhou, com cautela, o vazamento da conversa entre Moro e Dallagnol, além da tramitação da PEC da Previdência.
BOLETIM FOCUS
Os operadores também analisaram as novas estimativas do mercado financeiro em torno das projeções macroeconômicas do país.
Hoje, analistas consultados pelo boletim Focus –relatório semanal divulgado pelo Banco Central (BC)– reduziram, novamente, a perspectiva de crescimento da economia doméstica.
Agora, pelos cálculos dos economistas, o PIB (Produto Interno Bruto) doméstico deverá avançar 1% neste ano. É a 15ª queda consecutiva. Já a projeção para o dólar norte-americano manteve-se em R$ 3,80 para o fim do ano.