247 – O catador Luciano Macedo foi velado nesta sexta-feira (19) no cemitério do Cajuru, Rio de Janeiro. Luciano foi morto durante ação do Exército que fuzilou o carro do músico Evaldo Rosa e da família com mias de 80 tiros.
Segundo o G1, o catador tentava ajudar a família quando foi atingido, permaneceu internado por mais e duas semanas e deixa a esposa grávida de 5 meses.
Em entrevista, a mãe de Luciano contou que o catador estava planejando montar um barraco em Guadalupe, local onde foi morto, exatamente por considerar segura a região já que ali estaria próximo ao Exército. “Meu filho só estava tentando ter a casinha dele. Tinha a carteira assinada mas não teve oportunidade, está entendendo? E eu ainda falei para ele: ‘Vai fazer barraco aí?’. E ele falou para mim: ‘Fica calma, coroa. O Exército está ali, a gente está seguro’. O Exército matou meu filho, o Exército matou meu filho”, disse a mãe de Luciano.
Sobre a tragédia, o presidente Bolsonaro afirmou que o Exército “não matou ninguém” e que o ocorrido foi um incidente. Declaração do presidente foi feita só após seis dias do fuzilamento.