Terça-feira, 24 de março, domingo, de 2019. No salão de espera do Pronto-Socorro João Lúcio, o relógio marca 18h15.
Nem uma maca, nenhum maqueiro; nenhum médico, nenhum socorrista; nenhum um nada, nada, simplesmente nada. Apenas o descaso, sabe-se lá de quem,
Um corpo no chão; um homem supostamente infartado e em convulsão, retrata nos olhos incrédulos de vários outros “pedintes” do Sistema Único de Saúde (SUS), o mais veemente pedido de socorro que não veio.
O retrato do descaso é patético, comovente.
Os gritos ecoados de todos os lados, como podem ser ouvidos no vídeo gravado por um dos curiosos aparvalhados, desorientados, atônitos, parecem nada significar naquela casa de urgência e emergência chamado de Hospital e Pronto-Socorro Dr. João Lúcio.
Justamente no PS João Lúcio Machado, aquele que em vida jamais mediu qualquer esforço ou consequência para salvar um paciente.
Numa horas dessas de tamanha e indescritível perplexidade, a quem apelar? Ao Ministério Público? A quem? Ao Mohemed Moustafa? Ao Wilson Alecrim? Ao Adélio Bispo? Ao Gilmar Mendes? Ao Marcola? Ao João de Deus? Ao João Branco?
Difícil, não é mesmo?
Aos pobres mortais, eternos reféns, do decadente, dilapidado e empobrecido SUS, que não têm como usufruir dos privilégios e da atenção médica dispensados nos tais Albert Einstein ou Sírio Libanês, visitados por Eduardo Braga, Amazonino Mendes, entre outros “amiguinhos” do poder apodrecido e fétido, só resta mesmo DEUS e mais ninguém.
Ou será que a resposta estaria na densa e opaca figura do translúcido governador Wilson Lima?