O Movimento Nacional Dama de Ferro (MNDF), criado por mulheres de caminhoneiros de todo o país, liderado, atualmente, por Gisele Vaz, produziu volumoso dossiê-denúncia que expõe com contundência a relação de servidão da categoria imposta pelo poder político e econômico das diferente empresas.
Segundo Gisele Vaz, o dossiê será entregue à ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Brasil, Damares Alves.
Conforme assegurou a representante do MNDF, o documento contém depoimentos de caminhoneiros e de sua respectivas mulheres, além de imagens fotográficas e em vídeo.
“São documentos que retratam a humilhante situação vivida pelo caminhoneiro e sua família nas portas das empresas tanto para o desembarque do produto quanto para o embarque”, relata Gisele.
Na maioria dos casos relatados, Gisele Vaz destaca a falta de espaços apropriados, como estacionamento, pátio onde crianças possam circular com proteção e segurança, além de sala de espera para as família do caminhoneiro até que este ganhe, novamente, a estrada.
“A falta de respeito é chocante. Não existe dignidade ao profissional que é tratado como entulho, um monte de lixo jogado num canto qualquer com a famílias”, critica.
Entre tantos absurdos que maltratam, ofendem e menosprezam – todos ele criados e defendidos por cada empresa para gerar constrangimentos ao caminhoneiro e à sua família – está a triste experiência de uma mulher vivida no CD do CARREFOUR de Osasco-SP.
“Lá, a esposa de um caminhoneiro foi proibida de entrar na empresa e teve que passar três dias dormindo no sofá que fica na parte externa de uma lanchonete localizado próximo ao CARREFOUR”, comenta Gisele Vaz.
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