Agência Brasil – O general Joaquim Silva e Luna tomou posse hoje (26) como diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, em cerimônia em Foz do Iguaçu, no Paraná. Silva e Luna substitui Marcos Vitório Stamm e terá mandato até maio de 2022. Ao tomar posse, ele agradeceu a missão dada pelo presidente Jair Bolsonaro e prometeu austeridade na gestão da hidrelétrica, além de foco na geração de energia e no bom relacionamento com o Paraguai.
“As novas tecnologias avançam, e o modelo do setor energético busca novas alternativas que permitam inovação tecnológica para produção de energia com segurança, menor custo operacional e tarifas mais baixas. Estaremos buscando isso e a austeridade de todos os gastos”, disse o novo diretor-geral de Itaipu, destacando o alinhamento com a binacionalidade da empresa.
Presente ao evento de posse, Bolsonaro destacou a importância estratégica da Itaipu Binacional para os dois países e a disposição de trabalhar em uma agenda comum com o Paraguai, não só em energia, mas na construção de duas novas pontes entre os dois países e em ações de segurança pública.
Antes da cerimônia, Bolsonaro se encontrou com o presidente paraguaio, Mario Abdo, que também participou da cerimônia em Itaipu. Em discurso, Abdo desejou uma gestão bem-sucedida a Silva e Luna e ressaltou que as relações entre o Paraguai e o Brasil devem ser apoiadas por valores e princípios, e não por interesses.
Desafios
Silva e Luna comandará o lado brasileiro da usina em um momento relevante para a binacional, às vésperas da renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu, que trata das bases financeiras e vence em 2023. A binacional do Brasil e do Paraguai conta com orçamento anual de US$ 3,5 bilhões, dos quais 70% destinam-se ao pagamento da dívida da construção, que será quitada em 2023, incluindo juros e amortizações.