A Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) do Pronto-Socorro 28 de Agosto vai de mal a pior, ou mal a péssimo, digamos assim.
Praticamente todos os dias, a turma escalada – médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares, maqueiros, entre outros – para os plantões diários quase sempre tem um probleminha indigesto para encarar.
Quarta-feira, 06, duas das seis pias usadas para lavar a mão e, assim, evitar contaminação, estavam desativadas por falta de manutenção (ver fotos).
Sabem por que? Porque há cinco meses a empresa prestadora de serviço terceirizada não sabe o que é dinheiro. E sem dinheiro não dá para consertar nada, muitos menos pia.
Quinta-feira, 07, só compareceram para o plantão noturno oito dos técnicos de enfermagem para encarar – com todas as vênias pelo eufemismo – 40 pacientes internos.
De acordo com o pessoal – é claro que não vamos citar seus nomes, ok? – de lá de dentro da UTI, o mínimo exigido, segundo a legislação do COFEN/COREM-AM, para cuidadr de 40 pacientes seriam 21 técnicos, ou seja, um para cadas dois pacientes.
E por que faltaram ao plantão mão de obra tão importante à rotina da UTI? Não foi por malandragem, acreditem, mas por falta de grana para pagar o ônibus.
A informação é de que a empresa dos técnicos, também, não recebe há 6 meses. Em outras palavras, um descaso com o usuário do SUS.
E o que fazem esses técnicos na UTI de tão importante Pronto-Socorro de Manaus? Fazem muitas coisas, como mudança de posição do paciente para evitar ferida de compressão, dão banho, aplicam os antibióticos e as outras medicações de horário, etc., etc., etc., e tal.
Sexta-feira, 08, a reclamação chega a ser mais ou menos sentimental, ou quem sabe dramática, comovente ou patética.
No local – lá mesmo na UTI – existem quatro vasos sanitários reservados para nove enfermeiras e 21 técnicos. Apenas um, tão somente um, funciona. Os demais estão entupidos. As fotos não podem ser publicadas e todos, é claro, sabem porque.
Uma dica: todos estão ocupados por indesejáveis “submarinos”.