Metrópolis | Responsável pelo inquérito que indiciou o piloto Victor Augusto Amaral Junqueira – acusado de agredir a namorada Luciana Sinzimbra em Goiânia (GO) –, a delegada Ana Elisa Gomes Martins disse ao Metrópoles que o depoimento da vítima, o exame pericial e os vídeos do caso são muito fortes e ajudaram a embasar as decisões para a conclusão das investigações. Para ela, “contra [esses] fatos não há argumentos”.
No dia da filmagem, o casal retornava de uma confraternização do trabalho de Luciana. É possível ouvi-la dizer: “Você vai me matar desse jeito”.
Victor Junqueira foi indiciado por lesão corporal, ameaça, injúria e violação de domicílio. A pena máxima para os crimes pode chegar a 4 anos e 6 meses de detenção. Assim que a justiça retornar do recesso, o processo será distribuído a um dos quatro juizados da mulher do estado.
Ana Elisa, que comanda a principal Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) do Goiás, disse que Luciana Sinzimbra compareceu à unidade policial um dia após a agressão. Cercada de amigos, estava insegura sobre o depoimento.
“Ela está muito triste, não foi ela quem promoveu a divulgação do vídeo. Ela [Luciana] está sofrendo muito com isso. Não gostaria de ter a imagem exposta, sua identidade. Compreendo isso”, explicou a delegada.
Pelas circunstâncias das agressões, a responsável pelo caso disse que não houve motivos para pedir a detenção provisória do suspeito. “Para isso teria que ter fundamentos que justificassem [a prisão]. [Como, por exemplo] Que ele de alguma forma estivesse atrapalhando as investigações, que estivesse praticando outros crimes contra a vítima e estivesse descumprindo as medidas protetivas ou fugindo”, acrescentou.
Já o depoimento de Victor Junqueira, segundo a delegada, ocorreu no dia 21 de dezembro. Ele compareceu à Deam acompanhado de um advogado e chorou bastante.
Entenda o caso
Em 14 de dezembro, Luciana gravou vídeo (veja abaixo) sem que seu namorado soubesse. Nas imagens, Victor é flagrado espancando a ex-namorada no apartamento dela, no Setor Marista, em Goiânia. A advogada registrou ocorrência no dia seguinte e contou às autoridades policiais que namorava o autor das agressões havia três anos. Ela relatou também não ter sido a primeira vez que foi atacada.