Plenário referendou liminar concedida por Cármen Lúcia na véspera da eleição, que suspendeu decisões da Justiça Eleitoral que determinaram ações policiais e de fiscalização eleitoral nas universidades públicas durante as eleições.
Os ministros consideraram que as medidas feriram a liberdade de expressão de alunos e professores e rechaçaram quaisquer tentativas de impedir a propagação de ideologias ou pensamento dentro dos estabelecimentos de ensino.
A decisão da presidente do STF foi tomada a pedido da procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, que considerou que as decisões ofenderam os princípios constitucionais da liberdade de expressão e de reunião.
As operações em ao menos 30 instituições de ensino geraram reação de repúdio de ministros da Suprema Corte, integrantes do Ministério Público, reitores e organizações da sociedade civil. Cartazes e faixas foram retirados, aulas interrompidas e suspensas, grande parte com dizeres contra o fascismo e a favor da democracia.
Em resposta às ações de censura dentro das universidades, estudantes saíram às ruas de diversas cidades do país para protestar.