Operação Tritão apura suspeitas de fraude em licitação e corrupção em contratos na Companhia Docas do Estado de São Paulo
O presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Alex Botelho Oliva, foi preso em sua residência no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (31) pela Polícia Federal. Os agentes cumpriram mandados de prisão de outras seis pessoas e 20 de busca e apreensão no Rio, São Paulo, Ceará e Brasília.
A ação faz parte da Operação Tritão para apurar suspeitas de fraude em licitação e corrupção em contratos da Codesp. A estatal é vinculada ao Ministério dos Transportes, administradora do Porto de Santos, o maior do país.
A investigação aponta para um grupo que atuava em processos licitatórios das áreas de tecnologia da informação, drenagem e consultoria. Um vídeo postado na internet em setembro de 2016, com um assessor da presidência da Codesp confessando os delitos, motivou a investigação resultando na abertura de um inquérito em novembro de 2017.
Os contratos sob investigação somam mais de R$ 37 milhões e envolvem agentes públicos ligados à estatal e empresários para a contratação de serviços e equipamentos desnecessários.
A Polícia Federal também investiga a suspeita de ligação do presidente Michel Temer que, em troca de propinas no Porto de Santos, teria usado sua influência política na Codesp, como indicação para os cargos da diretoria.
Em março de 2001, Temer teve que se defender na tribuna da Câmara dos Deputados sobre as acusações de receber 50% das propinas pagar por empresas que atuavam no Porto de Santos feita pela estudante de psicologia e ex-companheira de Marcelo de Azeredo (indicado pelo emedebista para presidir a companhia), Érika Santos. Jornal GGN –
