Novo inquérito contra o guru de Jair Bolsonaro aponta suposto benefício econômico na gestão de fundos de pensão
O Ministério Público Federal do Distrito federal abriu um inquérito contra Paulo Guedes, o responsável pelo programa econômico do candidato Jair Bolsonaro (PSL) e possível ministro da Fazenda de um eventual governo do ex-militar, informa o jornal O Globo.
A apuração do MPF diz que existe suspeitas de que o guru do ex-militar tenha obtido benefício econômicos a partir de possíveis crimes de gestão temerária e fraudulenta de investimentos de fundos de pensão. Os principais fundos são: a Funcef, dos servidores da Caixa Econômica Federal; a Petros, de funcionários da Petrobras; e a Previ, do Banco do Brasil.
O MPF quer saber se Guedes aplicou dinheiro captado dos fundos de pensão de forma irregular, deixando prejuízos milionários aos aposentados dessas estatais.
Também informa o jornal, que a empresa de Guedes faz gestão de investimentos financeiros e teria cobrado comissões consideradas “abusivas” pelo MPF. Ele foi intimido a prestar depoimento dia 6 de novembro, em Brasília, de acordo com o jornal.
A força-tarefa de procuradores solicitou também informações à Receita Federal para saber se Guedes realizou repatriação de recursos mantidos no exterior.
Outras investigações sobre as atividades da empresa do guru de Bolsonaro já estavam em andamento desde o início de outubro, também tratam de sobre a gestão de outros fundos.
Segundo o jornal, a defesa de Paulo Guedes relatou “perplexidade” com a instauração dessa investigação a poucas horas da eleição. A equipe informou que os investimentos geridos por Guedes proporcionaram lucros aos fundos de pensão, “de mais de 50% do valor investido”, e que ele não tinha “poder de deliberação” sobre os investimentos. Apenas sugeria as empresas que receberiam os recursos sem qualquer poder de decisão.
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