A delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), falou, na manhã desta quarta-feira (17/10), durante coletiva de imprensa, no prédio da unidade policial, sobre o cumprimento de mandado de prisão preventiva por estupro de vulnerável em nome do professor do Ensino Fundamental Carlos Alberto Pereira Cruz, 47.
De acordo com a autoridade policial, o homem já havia sido preso em flagrante pela equipe de investigação da Depca no dia 1° de outubro deste ano, por abusar sexualmente de uma criança de oito anos, nas dependências da escola municipal onde trabalhava, situada no bairro Colônia Santo Antônio, zona norte da capital.
“O professor foi solto durante Audiência de Custódia, porém, após a criança, acompanhada da mãe, delatar o infrator, outras duas vítimas, de nove anos, sentiram-se encorajadas e nos procuraram para relatar os estupros sofridos também. Ou seja, ele cometia os atos libidinosos, mas as crianças não tinham coragem de revelar o ocorrido, pois ele prometia notas altas em troca do silêncio das vítimas”, explicou Coelho.
Investigação e prisão – A titular da Depca destacou que após Carlos ter sido solto pela Justiça, os policiais civis da especializada prosseguiram com as investigações em torno do caso e constataram que ele havia empreendido fuga do imóvel onde morava e se dirigido até uma comunidade no município de Iranduba, distante 27 quilômetros em linha reta da capital.
“Ao longo das nossas diligências obtivemos informações de que ele havia cometido suicídio naquela comunidade. Inclusive, familiares do professor formalizaram um Boletim de Ocorrência (BO) noticiando que ele havia desaparecido. Desde o primeiro momento, não acreditávamos nessas informações, então passamos a analisar mais a fundo e constatamos a farsa. Efetuamos a prisão dele na manhã de terça-feira (16/10), em uma quitinete situada na rua Igrapiúna, terceira etapa do bairro Alvorada, zona centro-oeste de Manaus”, disse a delegada.
Joyce Coelho destacou que o professor ainda resistiu à prisão. O homem havia se armado com uma faca e apontado o objeto para os policiais civis da Depca, mas acabou soltando a arma branca e se entregando para a polícia. O mandado de prisão preventiva por estupro de vulnerável em nome de Carlos foi expedido no dia 11 de outubro deste ano, pela juíza Articlina Oliveira Guimarães, da Vara Especializada em Crimes contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes.
Indiciamento – Carlos foi indiciado por estupro de vulnerável. Ao término dos procedimentos cabíveis na Depca, o professor será encaminhado ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), onde irá permanecer à disposição da Justiça.