Texto de Luiz Vassallo, Ricardo Brandt e Fausto Macedo no Estado de S.Paulo informa que a força-tarefa da Operação Lava Jato defendeu, nesta sexta, 28, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conceda uma entrevista coletiva a órgãos de imprensa interessados.
O requerimento foi enviado ao juiz federal Sérgio Moro após os jornais Folha de S. Paulo e El País obterem autorização do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo, para entrevistar o petista, preso em Sala Especial da Polícia Federal, em Curitiba. Doze procuradores da República, que compõem a força-tarefa da Lava Jato, inclusive Deltan Dalagnoll, subscrevem a petição a Moro.
De acordo com a publicação, o ministro do Supremo atendeu a reclamação movida pelos jornalistas Mônica Bergamo e Florestan Fernandes. Eles recorreram contra decisão da juíza Carolina Moura Lebbos, da 12.ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelo processo da execução penal do ex-presidente – condenado a 12 anos e um mês de reclusão na ação penal do caso triplex, por corrupção e lavagem de dinheiro.
Após a decisão de Lewandowski, a força-tarefa da Lava Jato encaminhou requerimento a Moro afirmando haver diversos outros veículos de comunicação que solicitaram entrevista a Lula.
“Em vista das duas liminares já concedidas, bem como considerando que os demais requerentes encontram-se nas mesmas condições dos reclamantes, tem-se que se mostra razoável estender tal direito a todos os jornalistas, ou empresas de jornalismo, que fizeram perante esse MM. Juízo pedido semelhante”.
Para a força-tarefa, ‘devem ser revistas as decisões lançadas nos autos que impediram por qualquer fundamento os órgãos de imprensa citados no item precedente, sob pena de, segundo o comando da decisão preferida, perdurar violação ao comando constitucional’, completa o Estadão.