No dia 6 de julho de 2011, o Amazonas ganha as manchetes de todos os jornais e revista do país com a demissão de Alfredo Nascimento do Ministério dos Transportes, acusado de superfaturamento em obras envolvendo servidores da pasta e recebimento de propina por meio de empreiteiras.
À época, as notícias chegadas à opinião pública falavam, também, do enriquecimento ilícito de Gustavo Morais Pereira, filho do ministro Alfredo Nascimento, dono da empresa Forma Construções, criada com um capital social de R$ 60 mil, e que em dois anos amealhou um patrimônio de mais de R$ 50 milhões, um crescimento de 86.500%.
Apesar do escândalo, o potiguar Alfredo Nascimento, nascido em Martins (RN), volta para o Senado e se mantém na vida pública, elegendo-se, em seguida, deputado federal com o voto do povo do Amazonas.
Hoje, o nome potiguar Alfredo Nascimento, que pisou em terras de Ajuricaba como simples cabo da Aeronáutica, que não consta na sua biografia publicada no Wikipédia, aparece na relação de 48 políticos com foro privilegiado, investigados ou denunciados na operação Lava Jato e que correm o risco de ter os seus casos enviados para a Primeira Instância caso não consigam se reeleger em outubro vindouro.
Dono de uma fortuna acumulada desde que desistiu de continuar praça da Aeronáutica para exercer no Amazonas o seu primeiro cargo público, como Secretário Extraordinário da Prefeitura de Manaus, em 1983, Alfredo Nascimento deve ir às últimas consequências para garantir o mandato e, é claro, o foro privilegiado.
Em tempos de Lava Jato e de passar a esponja na política fétida e corrupta na nação brasileira, entretanto, Alfredo Nascimento vai ter que comer uma pupunha, como se diz em Benjamin Constant (AM) para as situações difíceis, para voltar à Câmara dos Deputados.
Além do escândalo que ensejou a demissão do ex-cabo Pereira do Ministério dos Transportes, em setembro de 2015, Alfredo Nascimento foi condenador pelo juiz Ronnie Frank Torres Stone por improbidade administrativa pela contratação de servidores municipais sem concurso público durante na prefeitura de Manaus entre 2001 e 2004.
Além dessa condenação, Alfredo Nascimento já havia sido acusado, também, por improbidade administrativa em 2004. segundo denúncia feita em 5 de fevereiro pela procuradora-geral substituta Noeme Tobias de Souza.
De acordo com a denúncia, Alfredo não listou entre seus bens, na declaração enviada ao Tribunal Regional Eleitoral em 1996 e 2000, a empresa Vulcanização Tarumã Ltda, que já foi a principal prestadora de serviços de recauchutagem de pneus para as empresas de transporte coletivo do município de Manaus. A empresa, pertencia a sua esposa, Francisca Leônia do Nascimento, e ao irmão dela, Francisco Rodrigues de Morais.