O destino da taxa Selic (juros básicos da economia) depende da manutenção do ajuste fiscal, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em comunicado, a entidade defendeu a aprovação de reformas, principalmente a da Previdência, para reequilibrar as contas públicas e manter a taxa em 6,75% ao ano.
“A manutenção dos juros nesse patamar exige rigor com o ajuste fiscal. O equilíbrio permanente das contas públicas depende, sobretudo, da aprovação da reforma da Previdência”, destacou a CNI. Para a confederação, a mudança no ambiente internacional, com a alta dos juros norte-americanos e a consequente diminuição do dinheiro em circulação nos mercados globais, pode limitar novas quedas na taxa Selic.
Na avaliação do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a inflação em baixa e a lentidão na retomada do crescimento da economia permitiram ao Banco Central reduzir mais uma vez a taxa Selic. A entidade, no entanto, adverte para a interrupção do ciclo de queda por causa das incertezas provocadas pelas eleições.
“A expectativa é de que essa seja a última queda deste ciclo. Novas quedas vão depender de como vão se comportar os indicadores de inflação e de atividade. E mesmo que a inflação permaneça sob controle, haverá as incertezas próprias de um ano eleitoral”, ressaltou o SPC Brasil.