O Ministério Público do Estado do Amazonas, com apoio da Controladoria Geral da União (CGU) e da Delegacia Especializada no Combate ao Crime Organizado (DRCO) deflagrou, na manhã desta terça-feira (28), a operação “TAPAUARA”, nome dado em homenagem ao sofrido e espoliado povo do Município de Tapauá, no interior do Estado. O objetivo da operação é desbaratar a Organização Criminosa composta pelo Prefeito do Município de Tapauá, José Bezerra Guedes, o “Zezito”, secretários municipais, vereadores, incluindo o presidente da Câmara, servidores públicos e empresários.
Na ação policiais da Delegacia Especializada no Combate ao Crime Organizado cumprem 10 mandados de prisão preventiva, 9 de condução coercitiva; 9 de busca pessoal e mais 26 medidas de busca e apreensão onde foram apreendidos documentos, celulares, computadores e veículos na prefeitura de Tapauá, residências e empresas investigadas de integrarem uma Organização Criminosa que desviou mais de R$ 60 milhões do erário público.
A operação iniciou após denúncia ao Ministério Público que levou à investigação de indícios de pagamento de propina a servidores públicos e vereadores do município, por intermédio da empresa V.W. Comércio Construções de Transportes Ltda, administrada pelo irmão do vereador Alvemir Maia, presidente da Câmara e o empresário Walter Oliveira Maia, “Waltinho”, que também teve prisão preventiva decretada.
De acordo com as investigações vários delitos foram praticados pela ORCRIM, dos quais se destacaram os crimes de ameaças, uso de “laranjas”, corrupção ativa e passiva, fraudes a procedimentos licitatórios, lavagem de dinheiro, abuso de autoridade, dentre diversos outros delitos gravíssimos, com fito de lograr a consumação e consequente obtenção e distribuição do proveito dos crimes entre seus membros, assim alcançando vantagens indevidas movimentando cifras superiores a R$ 60 milhões.
A organização criminosa atuava na prefeitura de Tapauá, suspeitos de operacionalizar um esquema de corrupção generalizada, através de pagamento de propinas e mensalinho a vereadores para aprovação de medidas e aprovação de processos licitatórios fraudulentos.