“Gigante” é o mandante da morte do soldado Portilho, afirma delegado da DEHS

O delegado Juan Valério, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), confirmou na manhã de sexta-feira, dia 17, em entrevista coletiva, Rodolfo Barroso Martins, 25, conhecido como “Gigante”, o rdenou a morte do soldado da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Paulo Sérgio da Silva Portilho, ocorrida no dia 26 de maio deste ano, na invasão Vila Buriti, Comunidade João Paulo, bairro Nova Cidade, zona Norte de Manaus. A vítima tinha 34 anos.

Na ocasião, a vítima foi dada como desaparecida no dia 26 de maio deste ano, e teve o corpo encontrado na tarde do dia 30 daquele mesmo mês, por volta das 14h, na Rua 222-A, naquela área da cidade.

Rodolfo foi preso no último dia 9 de novembro, na cidade Anápolis, no estado de Goiás (GO). A prisão do infrator foi realizada pela Polícia Civil daquele estado, em um estabelecimento comercial. Uma equipe da DEHS foi até o município de Anápolis e fez o traslado de “Gigante” para Manaus. Os policiais da DEHS, juntamente com o infrator, chegaram na capital na madrugada desta sexta-feira, dia 17.

Os policiais civis de GO Efetuaram a prisão dele na frente da residência em que ele estava morando, uma casa de alto padrão. Em depoimento, ele nega tudo, dizendo que dentre os envolvidos, ele conhece apenas o “Índio”, que continua foragido” explicou o titular da unidade policial.

O delegado ressaltou explicou que, ao todo, 15 pessoas estão envolvidas na ação criminosa. Dentre elas, 12 já foram indiciadas pelo homicídio; três adolescentes foram apreendidos pela participação no delito; um jovem, identificado como José Isac Santos da Silva, o “Trem Bala”, foi encontrado morto no dia 3 de junho deste ano em um ramal na Rodovia AM-010. Um homem, identificado como Fábio Barbosa de Souza, o “Índio”, continua foragido.

Juan Valério disse, ainda, que “Gigante” tinha o domínio das ações no dia do crime. Ele era o único que poderia dizer para soltarem ou não o soldado Portilho, mas mesmo assim ele determinou a execução. Nos autos do processo, Rodolfo é ligado diretamente a “João Branco”, um dos chefes de uma facção criminosa que atua no Estado. O infrator realizava o recolhimento do dinheiro oriundo da comercialização de substâncias ilícitas nos pontos de vendas de drogas na invasão Vila Buriti, todas as segundas-feiras.

Em depoimento, Rodolfo relatou que fugiu para Anápolis pois estava com medo de ser morto. “Os envolvidos no crime relataram à polícia que temiam por suas vidas, que “Gigante” determinou a execução sem consultar a cúpula da facção que fazia parte. Os infratores pensavam que pelo número de pessoas envolvidas no homicídio, o caso ficaria no anonimato. Mas conseguimos delimitar quem estava envolvido na ação criminosa e as participações de cada um deles”, finalizou Valério.

Rodolfo foi indiciado por homicídio qualificado. Ao término dos trâmites legais na unidade policial, o infrator será encaminhado para o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), onde ficará à disposição da Justiça.