Jovem é executado na Itaúba depois que Amazonino anuncia “novo” sistema de patrulhamento

“Tá lá o corpo estendido no chão”. Cerca de 6 horas depois da prosaica declaração do governador Amazonino Mendes (PDT) de que o “amor à causa pública” teria acelerado, em 18 dias, o reforço no policiamento na Zona Leste de Manaus, uma das zonas mais populosas da cidade, o jovem Marcondes Meireles Brito, 20 anos, foi executado a tiros.

Por ironia ou não, a Avenida Itaúba, bairro do Jorge Teixeira, onde tombou, morto, Marcondes Meireles, foi o palco da pomposa entrega de 51 viaturas à Polícia Militar e do início do “novo” sistema de patrulhamento anunciado por Bosco Saraiva, vice-governador e secretário de Segurança Pública.

O crime ocorreu nas dependências do bar da “Kel” da Avenida Itaúba.

De acordo com informações de familiares prestadas à polícia, Marcondes teria saído de casa para uma festa na Itaúba – nessa avenida, à tarde, o governador entregou as viaturas – e foi crivado de balas antes do primeiro gole da cerveja que acabara de compra no bar  Kel.

Marcondes foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao Hospital e Pronto Socorro Platão Araújo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A vítima foi atingido na nuca, perna e virilha.

Minutos depois da execução, a Avenida Itaúba  ficou completamente vazia, os bares fecharam as portas e a população que, segundo o secretário Bosco Saraiva, teria um novo sistema policiamento, foi para casa amedrontada.

Abatidos com tamanha violência, muitos ainda traziam na mente as palavras falaciosas pronunciadas horas antes do crime por Amazonino Mendes: “É isso que estamos fazendo diariamente no governo. E assim nós vamos cumprindo com o nosso objetivo, que é dar tranquilidade e paz ao povo amazonense”. Fonte/Fato Amazônico