O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje (3) que seu país está considerando suspender “todo o comércio” com qualquer nação que fizer negócios com a Coreia do Norte, além de outras medidas em resposta ao novo teste nuclear do regime de Pyongyang. As informações são da agência de notícias espanhola EFE. b
“Os Estados Unidos estão considerando, além de outras opções, suspender todo o comércio com qualquer país que faça negócios com a Coreia do Norte”, afirmou Trump na sua conta do Twitter.
Perguntado sobre um possível ataque à Coreia do Norte, após o teste nuclear, o presidente norte-americano respondeu de maneira curta: “Já veremos”.
Trump saía de uma igreja próxima à Casa Branca, onde acompanhou missa pelo dia de orações pelas vítimas do furacão Harvey, quando um jornalista lhe perguntou se planeja atacar o país governado por Kim Jong-un.
No Twitter, Trump condenou o teste norte-coreano, com a bomba mais potente até então. Ele alertou que as tentativas de “apaziguar” o governo da Coreia do Norte não estão funcionando. “A Coreia do Norte realizou um importante teste nuclear. As suas palavras e ações continuam sendo muito hostis e perigosas para os Estados Unidos”, escreveu o presidente americano.
O chefe do Pentágono, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, prometeu que haverá uma “grande resposta militar” por parte de seu país para “qualquer ameaça” da Coreia do Norte aos territórios do país, entre eles Guam, e seus aliados. “Qualquer ameaça aos Estados Unidos, seus territórios, entre eles Guam, e os nossos aliados receberá uma grande resposta militar”, advertiu Mattis, que fez um breve pronunciamento à imprensa na Casa Branca após participar de uma reunião com o presidente Donald Trump para avaliar o último teste nuclear norte-coreano.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, também condenou neste domingo o novo teste nuclear da Coreia do Norte e pediu à comunidade internacional “ações mais duras” contra o regime de Pyongyang.
O último teste norte-coreano “supõe uma nova e inaceitável ameaça”, disse May, que defendeu “aumentar o ritmo de implementação das sanções existentes e avaliar de forma urgente uma nova medida no Conselho de Segurança da ONU “.
“Isto é cada vez mais premente. A comunidade internacional condenou de forma universal este teste e deve se unir para continuar aumentando a pressão sobre os líderes da Coreia do Norte para que ponham fim às suas ações desestabilizadoras”, afirmou May em uma nota divulgada pelo seu escritório oficial.
May abordou a ameaça da Coreia do Norte com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, durante sua visita ao Japão, e destacou que ambos estiveram de acordo na necessidade de tomar “ações mais duras” contra o regime do líder norte-coreano, Kim Jong-un.
Já o presidente da Rússia, Vladimir Putin, insistiu neste domingo que o problema da nuclearização da Coreia do Norte deve ser resolvido exclusivamente pela via diplomática, após o sexto teste nuclear do regime de Kim Jong-un.
Em uma conversa telefônica com o primeiro-ministro japonês, Putin afirmou que “a comunidade internacional não deve deixar-se levar pelas emoções” e enfatizou que “a solução integral do problema nuclear na Península Coreana só pode ser conseguida por meios político-diplomáticos”, informou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Putin se reuniu neste domingo com o presidente chinês, Xi Jinping. Na reunião, realizada na cidade chinesa de Xiamen, os dois líderes discutiram uma coordenação de esforços para “lidar com a nova situação”, criada a partir de mais um teste norte-coreano. Ambos concordaram em “continuar com o objetivo de uma península da Coreia desnuclearizada”, veiculou a agência de notícias Xinhua.
Xi Jinping ainda pediu para Putin que os dois países trabalhem lado a lado para “promover a paz e o desenvolvimento mundial”. Paralelamente a essa reunião, os ministérios de Relações Exteriores chinês e russo condenaram o teste nuclear atômico. Pequim pediu a Pyongyang que respeite as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, “deixe de tomar decisões equivocadas” e volte “de forma real ao caminho do diálogo”.