O presidente Michel Temer nomeou nesta sexta-feira (18) Américo Dyott Fontenelle como cônsul-geral do Brasil em Ciudad del Este, no Paraguai. Em 2014, o diplomata foi suspenso das atividades de embaixador por suspeita de assédio moral, sexual, homofobia e desrespeito no exercício da função de cônsul-geral do Brasil em Sydney, na Austrália. As informações são do site Metrópoles. Temer, cônsul, Dyott, Fontenelle, Ciudad, destaque
Pessoas que trabalhavam com Fontenelle citam diversas condutas inadequadas durante a estadia do diplomata na Austrália. “Quando você é tão eficiente me dá vontade de te dar um beijo”, teria dito o cônsul à funcionária Claudia Pereira. Para outra colega, Viviane Jones, ele teria dito que ficava imaginando o que estava debaixo da blusa dela. O homem também teria o hábito de tentar se esfregar em colegas.
Fontenelle também foi investigado por assédio moral quando trabalhava no Canadá, em 2007. No entanto, o processo foi arquivado, e o Itamaraty não impôs punições ao servidor.
O funcionário de carreira do Itamaraty Alberto Amarillo afirma que Fontenelle usava expressões como “velha escrota”, “negão”, “chinês filha da puta”.
A presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty), Suellen Paz, não vê irregularidade na nomeação. “Não há óbice para a nomeação, portanto esperamos que as relações se deem em bases profissionais, prezando pela cordialidade. O sindicato é vigilante a toda e qualquer situação de risco aos servidores e está pronto a tomar todas as medidas cabíveis para garantir um ambiente de trabalho saudável para todos”, afirmou.