Reforçando a tese de que a prevenção e a informação podem salvar vidas, a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) realiza, no próximo dia 8, das 8h às 11h, na área central de Manaus, uma ação educativa, alusiva ao Dia Mundial de Combate ao Câncer, data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Amazonas, estima-se que 5,2 mil diagnósticos da doença sejam registrados em 2017. O dado é do Instituto Nacional do Câncer (Inca), subordinado ao Ministério da Saúde (MS).
De acordo com o diretor-presidente da FCecon, cirurgião oncológico Marco Antônio Ricci, a abordagem, que acontece na Feira da Manaus Moderna e no Mercado Municipal Adolpho Lisboa, ambos no Centro, levará informação sobre os fatores de risco e prevenção dos tipos de câncer mais incidentes entre os amazonenses: colo uterino, mama e próstata.
A ação será coordenada pela equipe do Departamento de Prevenção e Controle do Câncer (DPCC-FCecon). A coordenadora estadual de atenção oncológica, enfermeira Marília Muniz, explica que serão distribuídos mil folders com informações relativas à prevenção. “Buscamos levar à sociedade, informações de qualidade, que possam auxiliar tanto na prevenção do câncer, como em um eventual diagnóstico precoce, que pode elevar as chances de cura de um paciente em até 90%”, comentou.
Marília destaca que os principais métodos preventivos são: ter uma dieta saudável, rica em fibras e vegetais; a prática regular de exercícios físicos; evitar o consumo de álcool em excesso; evitar o tabagismo; fazer os exames de detecção precoce (a exemplo do Papanicolau e da mamografia para as mulheres, e do PSA e o de toque retal para os homens) nas faixas etárias indicadas pelo Ministério da Saúde e dar atenção às alterações no próprio corpo.
“Precisamos entender que, quando nosso corpo apresenta certos sintomas, como sangramentos e outras alterações, precisamos procurar um especialista, que faça uma análise detalhada e nos oriente sobre como proceder. O câncer é uma doença silenciosa e, por isso, acaba sendo negligenciada. Quanto mais cedo ela é descoberta, menos desgastante é o tratamento e melhor é a resposta terapêutica”, destacou.
O câncer e o tabagismo – A projeção mais recente do Inca aponta que o Brasil deve registrar, neste ano, 596 mil casos de câncer, sendo 61,2 mil diagnósticos de próstata, 57,9 mil de mama, 17,6 mil de cólon e reto, 16,3 mil de colo uterino e 10,8 mil de traqueia, brônquio e pulmão.
Especialistas asseguram que o tabagismo, grande vilão no caso das doenças cardiovasculares, é o maior fator de risco isolado para o câncer, pois tem influência direta no desenvolvimento de algumas neoplasias malignas. Segundo o diretor-presidente da FCecon, cirurgião oncológico Marco Antônio Ricci, apesar de estar associado a quase todos os tipos de câncer, o cigarro aumenta as chances de se desenvolver, em especial, as doenças do trato respiratório.
“A maioria dos casos de câncer de pulmão, por exemplo, está associada ao fumo. Mas, o tabagismo também potencializa os riscos de se desenvolver neoplasias gástricas, de bexiga e até de mama, conforme apontam estudos recentes. Por isso, evitar o cigarro ou abandonar a dependência ajudam a prevenir a doença”, assegurou.