China não participará de diálogo internacional sobre desarmamento nuclear

O governo chinês anunciou que não participará da rodada de negociações sobre a proibição de armas nucleares que começará em uma semana na sede das Nações Unidas, em Nova York, ainda que salientando que Pequim “defende a total destruição” desse tipo de armamento. As informações são da agência de notícias argentina Télam.

As negociações em Nova York ocorrerão de 27 a 31 deste mês – com uma fase posterior em junho e julho- com o fim de discutir um acordo legalmente vinculante que conduza à proibição e total eliminação do armamento atômico.

“Depois de uma cuidadosa consideração, a China decidiu não tomar parte nas negociações”, disse à imprensa a porta-voz da chancelaria chinesa, Hua Chunying, que destacou que seu país defende a “manutenção dos mecanismos internacionais de desarme já existentes”.

“Ainda que não participemos, nossa posição de apoio a uma total proibição e destruição das armas nucleares não mudou, e estamos dispostos a trabalhar com todos para conseguir um mundo livre delas”, afirmou, segundo a agência de notícias EFE.

Estabilidade e segurança

Os processos de desarmamento implicam também a necessidade de “manter a estabilidade estratégica e a segurança”, disse a porta-voz chinesa.

A China, membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, é uma das potências com arsenal nuclear, junto os demaisro membros desse organismo (Estados Unidos, Rússia, França e Reino Unido), além de Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte.

As declarações de Hua ocorrem um dia depois que Washington e Pequim não chegaram a um acordo sobre como responder à capacidade nuclear da Coreia do Norte, e que o presidente Xi Jinping e o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, prometeram ao mundo retomar a relação bilateral.