O Polo Industrial de Manaus (PIM) registrou faturamento de R$ 74,4 bilhões em 2016, o que equivale a uma diminuição de 6,14% em relação ao valor obtido em 2015 (R$ 79,3 bilhões). Em dólar, os US$ 21.85 bilhões alcançados em 2016 representaram uma queda de 9,28% na comparação com o ano anterior (US$ 24.08 bilhões).
Especificamente no mês de dezembro de 2016, o valor apurado de R$ 6,4 bilhões (US$ 2.03 bilhões) representou um crescimento de 10,6% em real (32% em dólar) em relação a dezembro de 2015, quando o faturamento mensal atingiu R$ 5,8 bilhões (US$ 1.54 bilhão).
A mão de obra do PIM em dezembro foi de 85.889 trabalhadores, entre efetivos, temporários e terceirizados. Com os resultados consolidados de janeiro a dezembro, o ano de 2016 encerrou com uma média mensal de 85.574 empregos.
Segmentos
Com R$ 19,5 bilhões (US$ 5.7 bilhões) faturados no ano, o polo Eletroeletrônico foi o maior responsável pelo resultado global de faturamento do PIM, respondendo por 26,15% do total. Em seguida apareceram os segmentos de Bens de Informática, com participação de 18,81%; Químico, com 15,46%; e Duas Rodas, com 14,12%.
Os setores que apresentaram crescimento, em moeda nacional, na comparação entre 2016 e 2015 foram: Bens de Informática (14,52%); Termoplástico (3,07%); Bebidas (14,66%); Metalúrgico (3,40%); Bens de Informática do Polo Mecânico (40,61%); Produtos Alimentícios (1,79%), Beneficiamento de Borracha (16,45%); Ótico (3,94%); Brinquedos (30,79%); e Isqueiros, Canetas, Barbeadores Descartáveis (22,92%).
Produtos
Entre os produtos que apresentaram incremento relevante de produção em 2016, em relação ao ano anterior, destacam-se os microcomputadores desktop (414,62%), monitores com tela de cristal líquido para uso em informática (213,66%), lâminas e cartuchos – em mil unidades (13,18%) e aparelhos de barbear (8,43%).
Em termos de volume de faturamento apresentado, os dez principais produtos fabricados pelo PIM em 2016 foram televisores com tela de cristal líquido (US$ 3.3 bilhões); motocicletas, motonetas e ciclomotores (US$ 2.4 bilhões); telefones celulares (US$ 2.3 bilhões); condicionadores de ar do tipo split system (US$ 769.7 milhões); receptores de sinal de televisão (US$ 453 milhões); relógios de pulso e de bolso (US$ 369.1 milhões); aparelhos de barbear (US$ 305.4 milhões); fornos micro-ondas (US$ 281.8 milhões); autorrádios e aparelhos reprodutores de áudio (US$ 202 milhões); e microcomputadores portáteis (US$ 130,1 milhões).
Análise
A superintendente Rebecca Garcia avalia como natural a oscilação negativa nos resultados do PIM em 2016 e projeta otimismo para o desempenho da indústria regional em 2017, ano em que a SUFRAMA e o modelo Zona Franca de Manaus comemoram 50 anos. “Apesar de todas as dificuldades enfrentadas em 2016, chegar ao final do ano com um faturamento de quase R$ 75 bilhões e com mais de 85 mil empregos gerados é um resultado que deve ser destacado, pois demonstra que as empresas se mostraram firmes em manter a produção e enfrentar com determinação a crise econômica e política vivenciada no País”, disse Rebecca.
Para a superintendente, as medidas adotadas recentemente pelo governo federal já deverão se refletir na recuperação da confiança dos investidores e consumidores. “Sem dúvida, um cenário favorável na economia mundial e um ambiente interno estável, a partir de uma política de ajustes que favoreça a competitividade, é o que determinará a retomada do crescimento, não apenas do polo industrial da Zona Franca de Manaus, mas de toda a indústria de transformação instalada nas diferentes regiões do País”, complementou.