Em reportagem de Gabriela Pimentel, do programa Câmera Record, que foi ao ar ontem (26), ela mostra a crise dos presídios brasileiros e em uma das partes fala de uma das facções mais cruéis das penitenciárias do norte brasileiro, a Família do Norte (FDN), apontada como responsável pela chacina do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) onde 56 detentos foram mortos de forma cruel no primeiro dia do ano.
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A jornalista exibe ainda os esquemas das eleições de 2014 para a reeleição de José Melo (Pros) para o Governo do Amazonas e que os chefes da facção criminosa decidiram dar um passo ‘mais ousado’, eleger três vereadores que depois seriam eleitos deputados.
“Certamente a política é uma forma de alterar a estrutura do estado e definir as políticas públicas em benefício da facção criminosa”, diz Marcelo Oliveira, superintendente da Polícia Federal no Amazonas, à reportagem.
Gabriela Pimentel disse que leu as 688 páginas de um relatório da operação La Muralla, deflagrada em novembro de 2015, no qual a Polícia Federal mostra que a FDN queria comparsas muito além do crime organizado.
A reportagem traz à tona, mais uma vez, suposto acordo com o chefe da facção criminosa Família do Norte (FDN), José Roberto Fernandes Barbosa, o “Zé Roberto da Compensa”, divulgado pela revista Veja em outubro de 2014 com o título “Governo do Amazonas negocia apoio de traficantes para o 2º turno” http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/governo-do-amazonas-negocia-apoio-de-traficantes-para-o-2-turno/.
Por enquanto, o governador José Melo tem se livrado da perda do mandato, mas o que dificilmente conseguirá é escapar da execração pública.
Em nota enviada ao programa da TV Record, o governador José Melo diz repudiar as tentativas de lhe associar a supostas negociações com criminosos durante as eleições de 2014.
