Rodoviários desacatam decisão judicial e deixam Manaus sem ônibus

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus mesmo com a decisão da Juíza do Trabalho, Eliane Leite Correa que determinou que seja mantida a circulação de 100% da frota de ônibus nesta terça-feira, 17, proibindo que a categoria de realizar qualquer tipo de paralisação sob pena de multa diária de R$ 100 mil, os rodoviários foram para frente das garagens e Manaus amanheceu sem ônibus do transporte coletivo.

Para que os usuários do sistema não sejam ainda mais prejudicados, a Prefeitura de Manaus está liberando a circulação de ônibus executivos, alternativos e mototaxis até o Centro da cidade.

Neste momento todas as Empresas de transporte coletivo encontram-se com suas atividades de transporte 100% paralisadas.

De acordo com a categoria a motivação da greve é um atraso de 8 meses de reajuste de 10% desde maio do ano passado e a falta de pagamento da data-base e outras melhorias para a categoria.

Na garagem da Empresa Açaí, os portões estão fechados e sem movimentação de funcionários, coletivos não saíram da garagem.

Na Via Verde aglomeração de muitos funcionários no local, nenhum coletivo saiu da garagem.

Ontem, mesmo depois da decisão Josildo Oliveira, do Sindicato dos Rodoviários disse que a greve seria de 100%.

Prefeitura

A Prefeitura de Manaus lamenta que o Sindicato dos Rodoviários não tenha cumprido a decisão judicial que determinava a não paralisação de um serviço essencial à população, como o transporte coletivo. O poder público municipal sempre se pautou pelo respeito à categoria, auxiliando, inclusive, na intermediação do diálogo entre empresários e trabalhadores.

A categoria reivindica o pagamento dos Dissídios Coletivos de 2016, que tem data base até o dia 1º de maio e está sob análise do Tribunal Superior do Trabalho. Como forma de pressionar a Justiça, o sindicato entende que a melhor forma de agir é deixando a população sem ônibus.