O julgamento do governador José Melo (PROS) e de seu vice, Henrique Oliveira, acusado de abuso de poder econômico e político nas eleições de 2014, acabou como já era esperado com um final feliz.
José Melo foi inocentado na tarde desta quarta-feira, 26, com o voto de minerva proferido pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Yedo Simões, que deixou para anunciá-lo após as eleições de primeiro turno.
Surpresa? Nenhuma. Afinal por que prolongar por tanto tempo, permitindo ao acusado sobrevida política, quando o voto poderia ter sido anunciado em agosto? Sabe-se lá.
Como dizia William Shakespeare, “há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia”. Nenhuma acusação, é claro.
O certo mesmo é que o processo pedia a cassação dos diplomas do governador do Amazonas e do vice, além da inelegibilidade dos dois por 8 anos, começou a ser julgado no dia 28 de junho deste ano.
Em um mês foram duas suspensões e quatro pedidos de vista. Desde o início do julgamento, cinco membros da corte votaram. Foram quatro votos a favor e um contra a cassação.
No dia 02 de Agosto, terça-feira, o julgamento foi adiado por força de pedido de vista feito pelo juiz Felipe Thury.
Na mesma sessão, o juiz Henrique Veiga, que já havia declarado o seu voto pela cassação de Melo, mudou o seu posicionamento e votou contra a cassação ao afirma reconhecer as eleições de 2014 como válidas.
Em janeiro deste ano, José Melo e Henrique Oliveira foram cassados em sessão do pleno pelo no TRE por cinco votos a zero.
Mesmo após cassados, o governador e o vice permaneceram nos cargos por decisão do próprio Tribunal Regional Eleitoral.
O TRE negou, no dia 28 de março, o recurso da Coligação “Renovação e Experiência” e manteve nos cargos Melo e Henrique. A coligação pedia a posse imediata de Eduardo Braga como governador e de Rebecca Garcia como vice. Os dois ficaram em segundo lugar nas eleições de 2014.