Justiça diz que aliar prefeitura à ‘Operação Maus Caminhos’ é calunioso

A Justiça Eleitoral concedeu direito de resposta à coligação Por Uma Só Manaus, mais uma vez, por declarações inverídicas ditas pelo seu adversário. Desta vez, a juíza da propaganda Lídia de Abreu Carvalho Frota assinala que o candidato Marcelo Ramos (PR) não foi honesto quando tentou aliar o prefeito Arthur Neto (PSDB) à Operação Maus Caminhos, estratégia que vem sendo utilizada sistematicamente em suas declarações.

Veja a decisão

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“A meu sentir, tal afirmação que ‘o prefeito está enrolado até o pescoço também nessa operação’, reveste-se de cunho injurioso, calunioso, difamatório e sabidamente inverídico pois não há relação, que se possa afirmar incontroversa, do representante com a supracitada operação”, afirma ela, em despacho publicado no dia 17 de outubro.

Marcelo usou a frase no dia 5 de outubro ao conceder entrevista para a Rádio Difusora, dias antes da matéria que seria veiculada no Fantástico, mostrando ligação do Governo do Estado na Operação Maus Caminhos. Para a juíza, Marcelo tentou induzir o eleitor a um conceito errôneo a respeito de Artur Neto.

“Tal afirmação tem a intenção de relacionar o representante com a operação deflagrada pela Polícia Federal, chamando a atenção para conteúdo de reportagem que ainda seria veiculada no programa Fantástico da Rede Globo de Televisão no dia 09/10/2016, domingo”, afirmou.

A matéria foi ao ar e foram mostradas denúncias de desvios de recursos públicos no Governo do Estado, nas gestões de Omar Aziz (PSD) e José Melo (Pros), que fazem parte da coligação de Marcelo Ramos. A Prefeitura de Manaus não foi citada sequer uma vez na reportagem e tampouco pela Polícia Federal.

Diante das inverdades ditas por Marcelo, a Justiça Eleitoral concedeu direito de resposta no tempo total de dois minutos e oito segundo para Artur Neto colocar a verdade no mesmo programa. Vale lembrar que no primeiro turno, Marcelo foi condenado 230 vezes por irregularidades na propaganda eleitoral.
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