Avenida Paulista é tomada em ato pró-governo

Manifestantes reúnem-se na tarde de hoje (18) na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo. Muitos estão vestidos de vermelho, com apitos, bexigas e faixas, pedindo a defesa da democracia e também a manutenção da presidenta Dilma Roussef no governo. Os manifestantes gritam “não vai ter golpe” em diversos momentos.

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O ato reúne muitas pessoas em um clima bem descontraído e pacífico, com muitas bandeiras, bexigas e balões vermelhos, alguns com logotipos da CUT e do PT, e outros sem nenhuma imagem . Os manifestantes carregam uma bandeira com uma imagem da presidenta Dilma jovem, na época em que foi presa na época da ditadura. Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), da Frente Brasil Popular, de vários sindicatos, como bancários e professores, discursam nos carros de som desde o fim da tarde.

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira Leite , disse que o povo tem que ir para a rua dizer “não vai ter golpe”, referindo-se ao impeachment de Dilma. Além disso, sobre os casos de enfrentamento entre pessoas com divergências políticas, ela disse que “não podemos respingar o ódio com ódio”.

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O professor da rede municipal de São Paulo, Edmar Magalhães, 59, se manifesta hoje na Avenida Paulista contra o impeachment de Dilma. “O país vive um momento perigoso, que é a derrubada de um governo legítimo, eleito pelo povo democraticamente. O que está acontecendo é um golpe”, disse. Sobre a atual situação econômica do país, ele comenta que, não só o Brasil, mas todo o mundo passa por uma crise na economia. “É a falência do sistema capitalista”.

Gabriela Pompermayer, 27, produtora cultural, defende a democracia e luta pela tentativa de uma construção política à esquerda. Ela votou na presidenta Dilma e é contra o impeachment, mas é crítica às políticas atuais e acredita que as pessoas e grupos de esquerda precisam viabilizar outra opção para o próximo governo que não seja o PT.

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“Eu acho que até agora não teve nenhuma prova, nada que faça com que tenha motivos reais para o impeachment. Desaprovo bastante o governo, principalmente o que foi em 2015, mas acho que ela [Dilma] tem que chegar até o fim do mandato”, disse.

Rodrigo Lopes Marcelino, 37, agente penitenciário, está nas ruas “contra a tentativa de golpe” ao lado de sua esposa, 42, e de sua filha, 14. Segundo ele, o que era uma crise econômica mundial foi transformado em política para beneficiar grupos de elite. “Eles não querem uma divisão da riqueza produzida no país, querem só pra eles e manipulam a opinião pública”.

“Eu vim para a rua junto com a minha família para lutar pela democracia, lutar pelo acesso às conquistas que estão sendo feitas no campo social. Hoje temos milhões de universitários jovens que não tinham acesso à universidade. Hoje as famílias tem algum acesso a bens que não tinham. Então para a continuação dessa política, contra todo tipo de preconceito, contra todo tipo de conservadorismo e de monopólio é que estamos aqui”, disse.

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