A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, reiteraram hoje (24) a vigência do Acordo de Minsk como a única via para estabilizar o Leste da Ucrânia e acabar com os combates na região.
“Estamos aqui para implementar o Acordo de Minsk, e não para questioná-lo”, disse a chanceler em uma entrevista conjunta em Berlim com Hollande e o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, no momento em que aumentou a violência entre rebeldes pró-russos e o Exército ucraniano.
Poroshenko afirmou que “não há alternativa ao Acordo de Minsk”, assinado com o presidente russo, Vladimir Putin, em fevereiro, em negociações mediadas por Merkel e Hollande. O objetivo do acordo é terminar com o conflito no Leste da Ucrânia.
Merkel destacou a importância de retirar as armas pesadas da denominada linha de contato, bem como de permitir a segurança e liberdade de movimentos aos observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Além disso, a chanceler alemã reconheceu que há diferenças de critério entre Ucrânia e Rússia em dois pontos acordados em Minsk: a reforma da Constituição ucraniana e a realização de eleições na Ucrânia.
Segundo Angela Merkel, outro ponto acertado em Minsk, que foi assegurar a chegada de ajuda humanitária à população civil no Leste da Ucrânia, está “muito mal”.
No encontro, os três líderes também abordaram a necessidade de ampliar as conversações para alcançar um acordo que permita o transporte seguro de gás russo até a Europa, usando o território da Ucrânia, e que também “sirva à segurança energética ucraniana”, acrescentou Poroshenko.