Emprego na indústria deve continuar a cair, avalia economista do IBGE

A situação macroeconômica do país, com um quadro de taxas de juros e inflação em alta, restrição ao crédito, desemprego e redução da renda, indicam que o emprego industrial deverá continuar em queda pelos próximos meses. A avaliação é do economista Rodrigo Lobo, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao comentar os números da Pesquisa Industrial Mensal – Emprego e Salário na Indústria, divulgados hoje (17).

Os dados do emprego na indústria, referentes a maio, foram predominantemente negativos, com queda em todas as suas vertentes e bases de comparação, com a taxa de ocupação fechando em queda de 1% em relação a abril e de 5% no acumulado dos primeiros cinco meses do ano.

Embora o IBGE não faça projeções, Lobo disse que, tomando por base a evolução da média móvel trimestral – predominantemente negativa desde o final do primeiro semestre de 2013 – o quadro não deverá mudar para os próximos meses.

“Esse cenário é reflexo do menor dinamismo que a produção industrial vem mostrando deste o último trimestre de 2013. Os estoques da indústria permanecem em patamares elevados fazendo com que haja, por parte dos empresários, menores incentivos à produção, uma vez que não há demanda para os seus produtos”, disse.